GOVERNO

‘Preciso de mais agressividade’, diz Lula sobre reforma ministerial

Em entrevista nesta quinta-feira (27/2), o presidente fez elogios a Nísia, mas disse que precisa de mais agilidade no governo. Também afirmou que o momento de trocas na Esplanada é o mais difícil do governo

Para Lula, as trocas na equipe são
Para Lula, as trocas na equipe são "o momento mais difícil de um governo" - (crédito: Ricardo Stuckert )

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (27/2) que precisa de “mais agressividade nas políticas que o governo tem que entregar”, ao comentar a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde e a reforma ministerial em curso.

Para Lula, as trocas na equipe são “o momento mais difícil de um governo”. O presidente afirmou que trata seus colaboradores com respeito e voltou a dizer que já escolheu o substituto de Alexandre Padilha na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), mas que ainda precisa conversar com a pessoa antes do anúncio.

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“A Nísia era uma companheira da mais alta qualidade, minha amiga pessoal. Mas eu estou precisando de um pouco mais de agressividade na política que o governo tem que entregar. Mais agilidade, mais rapidez, e por isso estou fazendo algumas trocas”, comentou Lula em entrevista ao programa Balanço Geral Litoral (SP), da TV Record.

“Espero que depois do carnaval eu conclua o que eu quero mudar”, disse ainda o presidente. Na terça-feira (25), Lula demitiu Nísia do Ministério da Saúde, e anunciou que o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, vai assumir a pasta.

Novo ministro da articulação política

Questionado sobre quem vai substituir Padilha, Lula voltou a dizer que já tem uma pessoa em mente. “Eu já tenho a pessoa escolhida, mas não posso avisar porque não conversei com a pessoa ainda. Eu tenho que fazer uma reforma, tenho que mexer no governo, mas eu tenho que fazer com muito cuidado”, destacou.

Sobre as cobranças para maior participação do Centrão no governo, Lula argumentou que sua gestão é “muito ampla”, e que a maioria dos partidos possuem três ministérios. Um dos cotados para a SRI é o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), apoiado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Cresce, porém, a pressão para que a pasta fique com o PT, sendo assumida por um nome como os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ou no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Lula também comentou que não pode escolher um ministro que reclame quando for demitido. Nísia saiu insatisfeita com o processo de fritura que sofreu, e também por ter descoberto sobre a demissão pela imprensa, antes de uma conversa com o presidente Lula.

“É o momento mais difícil de um governo. Eu aprendi uma coisa: você nunca chama para o governo quem você não pode tirar, porque vê, quando um técnico tira um jogador famoso, que sai emburrado, chutando a grama, jogando a água, quando ele deveria sair alegra porque é um companheiro dele que vai jogar”, afirmou o petista.

Victor Correia
postado em 27/02/2025 13:13
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