Oposição

Caiado diz que saída de Juscelino do governo é decisão pessoal

Governador de Goiás aproveitou o tema para reforçar seu posicionamento histórico de oposição ao PT e ao presidente Lula: "Nunca tive alinhamento"

O governador também criticou a presença do União Brasil no governo, apontando que a maioria dos parlamentares eleitos pelo partido não tem afinidade ideológica com a gestão petista -  (crédito: Alícia BernardesCB/DA.Press)
O governador também criticou a presença do União Brasil no governo, apontando que a maioria dos parlamentares eleitos pelo partido não tem afinidade ideológica com a gestão petista - (crédito: Alícia BernardesCB/DA.Press)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), evitou comentar diretamente o pedido de demissão do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, filiado ao mesmo partido, mas deixou claro que se mantém afastado do governo federal. Segundo ele, a decisão de deixar o cargo é de foro pessoal e não foi comunicada previamente à sigla.

“Eu não tenho conhecimento do fato, não falei com ele. Estava em São Paulo e vim direto para Brasília para um evento”, disse. A declaração foi dada nessa terça-feira (8/4), durante a inauguração da Casa da Liberdade, em Brasília, que também marcou a posse da deputada federal Carol De Toni (PL-SC) e do senador Carlos Portinho (PL-RJ) como presidentes da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado no Congresso.

Caiado aproveitou o tema para reforçar seu posicionamento histórico de oposição ao Partido dos Trabalhadores e ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nunca tive alinhamento com o governo do PT. Nunca fiz coligação, nem parceria. Temos posições antagônicas em tudo: modelo de governo, segurança, educação e programas sociais”, afirmou, ao destacar que sua trajetória pública de 40 anos sempre foi marcada pela defesa de ideias liberais.

O governador também criticou a composição política nacional e a presença do União Brasil no governo, apontando que a maioria dos parlamentares eleitos pelo partido não tem afinidade ideológica com a gestão petista. “Essa incongruência não existe apenas no União Brasil. Ela aparece na maioria dos partidos brasileiros”, destacou, apontando que a realidade local dos estados muitas vezes difere do alinhamento nacional das legendas

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Sobre a fala do ministro do Turismo, Celso Sabino, que indicou apoio do União Brasil à reeleição de Lula em 2026, Caiado minimizou. “Ele tem a posição dele. Eu tenho a minha”, respondeu, enfatizando o lançamento de sua pré-candidatura e que pretende percorrer os estados em busca de apoio. Para ele, a relação com o governo federal seguirá sendo marcada por diferenças estruturais e de princípios.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

postado em 09/04/2025 10:43 / atualizado em 09/04/2025 10:44
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