
O desembargador aposentado Sebastião Coelho deixou a defesa do ex-assessor da Presidência Filipe Martins, réu por tentativa de golpe de Estado. Em vídeo publicado nas redes sociais, na noite de ontem (23/4), ele informou que saiu do caso por questões de saúde, mas ressaltou que tinha expectativa de que a denúncia fosse rejeitada, pois, para ele, o acusado é “completamente inocente”.
Na terça-feira (22), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu a denúncia contra o chamado “núcleo 2” que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), seria responsável por gerenciar as ações da trama golpista. Filipe Martins teria sido responsável por editar a chamada “minuta golpista” e apresentar os seus “fundamentos jurídicos” ao alto escalão das Forças Armadas em reunião em 7 de dezembro de 2022.
Além dele, também se tornaram réus o general Mário Fernandes, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e membros da cúpula da Segurança do Distrito Federal.
Sebastião afirmou que seu afastamento se dá por dois motivos. Um deles por conta da saúde, mas o outro não foi especificado. No vídeo, ele acusou o ministro Alexandre de Moraes de estar politizando o julgamento, ao dizer que “não pode ter anistia para os golpistas”, e também a ministra Cármen Lúcia por apontar que “não há perdão” aos golpistas.
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Ele declarou que Moraes “induziu os demais ministros” a acreditar que havia uma minuta golpista ao citar que o documento estaria nos autos do processo. Segundo ele, o que está ali é a fotografia “do que foi encontrado no telefone do tenente-coronel Mauro Cid”.
"A minha atuação na defesa de Filipe Martins me limita. Tem certas situações que eu precisaria comentar, ar uma orientação para as pessoas que me procuram, mas eu fico limitado por conta da responsabilidade com a defesa de Filipe Martins", apontou.
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