
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) repudiou, nesta quinta-feira (22/5), o ataque a tiros que matou dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, na quarta (21). O Itamaraty classificou o assassinato como um crime de ódio, e reiterou a condenação ao antissemitismo e ao extremismo.
Sarah Lynn Milgrim e Yaron Lischinsky eram um casal, ambos funcionários da embaixada. Eles foram mortos a tiros por um homem ao sair de um evento no Museu Judaico. O suspeito confessou o crime e foi preso. Ao ser detido, gritou "Palestina livre".
"O governo brasileiro repudia, com veemência, o assassinato, na noite de ontem, em Washington, de dois jovens funcionários da embaixada de Israel naquela capital. As vítimas tinham cidadania israelense e o ataque a tiros ocorreu nas imediações do Capital Jewish Museum", disse o Itamaraty em nota.
"Ao transmitir as condolências aos familiares das vítimas e ao povo israelense, o governo reitera sua firme condenação ao antissemitismo, ao extremismo e a crimes de ódio como o ocorrido na capital norte-americana", acrescentou a pasta.
Segundo a polícia, o suspeito foi visto andando nas imediações do Museu antes do crime. Ele não tem antecedentes criminais, e não estava em nenhuma lista de monitoramento. As autoridades americanas ainda investigação possível ligação do atirador com organizações terroristas.
Tensão aumentou após nova ofensiva contra Gaza
O ataque ocorre em meio a uma nova ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, que gerou críticas repúdio de outros países. Mais de 300 palestinos foram mortos nos novos ataques. Além disso, Israel montou um cerco contra a região, impedindo a entrada de alimentos, o que gerou grande risco de fome generalizada em Gaza.
O Itamaraty soltou uma nota na quarta-feira (21) condenando a nova ofensiva "nos mais fortes termos", bem como declaração recente do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que ele pretende "tomar o controle" de Gaza.