A ex-ministra das Mulheres Cida Gonçalves negou nesta segunda-feira (5/5) que sua demissão da pasta, oficializada hoje, tenha ocorrido por falta de entregas ou por conta das denúncias de assédio moral que sofreu. Segundo ela, a mudança na pasta é uma "troca de rumo, de momentos”.
Cida e a nova ministra, Márcia Lopes, conversaram com jornalistas nesta tarde na porta do Ministério das Mulheres. Cida argumentou ainda que, apesar da troca, haverá uma continuidade nos trabalhos da pasta.
“Eu estou tranquila, leve, feliz, né? Eu não acho que não é uma troca, é importante que vocês entendam isso. Não é uma troca por incompetência, por assédio, por rixa. Não é isso. É uma troca de rumo, de momentos”, comentou a ex-ministra à imprensa.
“Tem hora que você está no limite do esgotamento, daquilo que você pode avançar, ampliar. E gente nova chega com novo olhar, com uma outra perspectiva”, acrescentou. Ela afirmou que não vai assumir nenhum outro cargo no governo, e que voltará ao movimento de mulheres.
Cida Gonçalves foi demitida por Lula hoje e, em seguida, o presidente nomeou e empossou sua sucessora, Márcia Lopes. A ex-ministra era criticada dentro do governo pela falta de entregas de sua gestão, mas também foi alvo de denúncias.
Cida foi denunciada à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República após casos de assédio moral e racismo relatados por servidores do ministério. Segundo as denúncias, ela teria oferecido dinheiro para a campanha eleitoral de 2026 a uma secretária da pasta em troca de sua demissão.
Questionada sobre o caso, Cida negou que tenha cometido quaisquer irregularidades. “Foi arquivado o processo na Comissão de Ética. Apesar de isso estar sendo dito permanentemente, isso foi arquivado. Não existe. Nós não temos denúncia no Ministério das Mulheres. Portanto, isso é tranquilo, tanto para mim quanto para o presidente”, afirmou.
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