LUTA FEMININA

Macaé defende mulheres atingidas por barragens em evento

A ministra Macaé Evaristo destacou violações de direitos e a luta feminina por justiça social, ambiental e de gênero durante ato em Brasília

A ministra Macaé Evaristo e a luta feminina por justiça social, ambiental e de gênero. -  (crédito: Foto por: Danandra Rocha)
A ministra Macaé Evaristo e a luta feminina por justiça social, ambiental e de gênero. - (crédito: Foto por: Danandra Rocha)

Na tarde desta quarta-feira (4/6), durante evento da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Atingidas, promovida pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em Brasília, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, discursou em defesa das mulheres atingidas.

O evento reuniu movimentos sociais, representantes de organizações civis, autoridades e mais de mil mulheres de 20 estados brasileiros para debater justiça social, ambiental e de gênero. O foco principal é a implementação da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB).

Um dos pontos centrais da fala da ministra foi o reconhecimento do papel das mulheres nas lutas sociais. A ministra destacou que “muitas mulheres no nosso país tem sistematicamente os seus direitos violados” e que, frequentemente, são elas que se colocam na linha de frente: “Muitas vezes quem se organiza e vem à frente articular e fazer a luta são as mulheres.”

O evento teve como foco o fortalecimento da política pública voltada aos direitos humanos e a reflexão sobre a estrutura patriarcal que, segundo a ministra, “se estrutura a partir da opressão das mulheres, do não reconhecimento do trabalho e dos direitos das mulheres”.

O discurso teve bastante interação da plateia, com palmas e agitação de pandeiros, Macaé fez um chamado para que a concepção de direitos humanos seja ressignificada. Ela também abordou a questão ambiental, e destacou o direito à água como um bem público e criticou sua mercantilização.

No decorrer do evento, militantes de diversas áreas do Brasil pediram por justiça a mulheres vítimas de tragédias pelas barragens. Gritavam por liberdade e justiça aos direitos das mulheres para enfrentar o fascismo. “Mulher e água e energia não é mercadoria”.

A programação também inclui a 1ª Feira de Integração Cultural, com exposição de produtos regionais e trocas de saberes entre as participantes.

 

postado em 04/06/2025 19:06
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