
Com uma proposta de inovação, negócios e sustentabilidade, a Hospitalar, maior feira do setor de saúde da América Latina, reuniu as marcas e especialistas de referência no mercado. A novidade desta edição foi a ampliação da área de conteúdo do evento: 1.200 expositores, 350 horas de conteúdo, 900 palestrantes e por volta de 50 iniciativas entre fóruns, congressos e arenas durante os quatro dias de evento.
De acordo com Juliana Vicente, head de Portfólio de Negócios Informa Markets, o evento tem a característica de receber um público diverso e qualificado, desde pessoas que buscam apenas o conhecimento até liderança do ramo. “Avançamos muito a saúde aqui, e a Hospitalar é a principal porta de entrada para qualquer fabricante internacional que queira entrar na América Latina. Nós temos um grande cuidado com cada pessoa que a aqui na feira como visitante ou congressista, garantindo que ele aprendeu pelo menos uma coisa nova.”
A principal tendência continua sendo a inteligência artificial, mas a interoperabilidade ganhou destaque durante as discussões, referindo ao o, à integração e ao uso seguro dos dados eletrônicos de saúde para otimizar os resultados. “Enquanto no ano ado se discutia muito como aplicar a inteligência artificial, e o que vai acontecer com isso, muito rapidamente, de um ano para o outro, a gente atingiu os hospitais, com todos entendendo como melhorar os processos. A IA, quanto mais você ensina, melhor ela fica”, finaliza Juliana.
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Inovação para a saúde
Lançada em versão física na Hospitalar, a MaVi, inteligência artificial elaborada pela MV, ficou conhecida como “Alexa da saúde”. Por meio de comandos de voz, a prontuários, resume históricos e registra atualizações durante procedimentos. Ao Correio, Andrey Abreu, diretor corporativo de tecnologia da MV, explica como a IA em versão física, como a MaVi, é importante para modernização e melhor interação entre os procedimentos, e principalmente a relação entre o médico e o paciente.
“Pensando no centro cirúrgico, que não pode levar o celular, trazemos para dentro as informações do prontuário, informações sobre a cirurgia daquele paciente de maneira eficiente e dinâmica. Durante uma consulta, ela pode transcrever tudo o que o médico fala e coloca isso dentro dos documentos estruturados. Precisamos aceitar a inteligência artificial como uma extensão da nossa inteligência, não como uma substituição, e a MaVi veio para revolucionar”, finaliza.
Seguindo a ideia da interoperabilidade, a Philips, empresa de produtos voltados à tecnologia, investe em uma tecnologia que atua na diminuição da sobrecarga posta nos médicos, para que eles possam dar mais atenção para o paciente e ter um atendimento mais humanizado. O monitor para acompanhar os sinais vitais, repleto de números, ganhou uma versão mais moderna, com recursos inovadores e dinâmicos.
“Agora, a gente desenvolveu uma funcionalidade que você tem uma representação visual de um paciente, na forma de um boneco desenhado na tela, e que traduz cada número em um sinal visual. Essa forma de transformar o dado em algo visual mais humanizado faz toda a diferença no resultado e no conforto, e isso, às vezes, acontece num cenário em que cada segundo faz a diferença”, detalha André Duprat, country leader da Philips no Brasil.
Entre a grande programação e exposição, uma unidade móvel de esterilização de materiais hospitalares, a Steritruck, foi apresentada pelo Grupo Bringel. Segundo Sérgio Bringel, CEO do Grupo Bringel, a carreta foi desenvolvida com o propósito de atender e levar a mesma qualidade de trabalho a regiões com pouca infraestrutura, para garantir resposta rápida em cenários de catástrofes, manter a continuidade dos serviços em situações adversas e atender áreas isoladas ou mutirões cirúrgicos. “Acima de tudo, a unidade nasceu da visão de oferecer soluções estratégicas e inovadoras que salvam vidas onde for preciso. É essencial usar tecnologia para garantir a rastreabilidade do material desde a recepção até o uso no paciente, assegurando o controle do processo.”
Um dos destaque foi o Arctic Sun, lançada pela empresa de tecnologia hospitalar BD, que chamou atenção por oferecer um avanço significativo no controle de temperatura terapêutico em ambientes hospitalares. Utilizado tanto em pacientes neonatais quanto adultos, o sistema não invasivo e versátil permite o resfriamento ou aquecimento controlado do corpo com precisão, contribuindo para a redução de sequelas após eventos críticos.
Segundo Juliano Paggiaro, CEO da BD, os profissionais de saúde podem proporcionar cuidados de alta qualidade, com precisão dos dados e segurança com o equipamento. "Os protocolos orientam desde a seleção do paciente até as fases de indução, manutenção e reaquecimento, garantindo padronização e segurança no uso do sistema, de acordo com o protocolo estabelecido por cada instituição. A exposição desse sistema em um dos principais eventos de saúde da América Latina amplia a visibilidade dessa solução, capaz de salvar vidas, reduzir ou evitar sequelas neurológicas, principalmente em bebês, entre os profissionais da saúde",
Com o sucesso e um público estimado de 90 mil visitantes, a Hospitalar reafirma seu papel estratégico como vitrine das principais transformações do setor da saúde, promovendo conexões entre profissionais, empresas e soluções inovadoras.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
*A estagiária viajou a São Paulo a convite do evento