De acordo com a agência Associated Press, Acosta decidiu deixar a empresa após a CNN propor a ele que se transferisse para um jornal da madrugada, o que exigiria uma mudança de Washington para Los Angeles.

A CNN anunciou alterações em sua programação, entre elas a modificação nos horários dos âncoras, após Trump assumir a presidência dos Estados Unidos, no dia 20/01. A emissora nega que haja um vínculo entre a reformulação e o novo governo.

Na despedida, Acosta alertou o público que não se deixe levar por mentiras e nem pelo medo. “Como filho de um refugiado cubano, levei para casa a lição de que nunca é um bom momento para se curvar a um tirano”, afirmou.

Donald Trump comentou a saída de Jim Acosta chamando o jornalista de “perdedor” e dizendo que ele “vai fracassar” na sequência da carreira.

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 2024, ao derrotar a democrata Kamala Harris nas urnas. Ele já havia ocupado o cargo entre 2017 e 2020, quando foi superado por Joe Biden na tentativa de se reeleger.

Nascido em 14 de junho de 1946, em Nova York, ele se destacou inicialmente no setor imobiliário, assumindo o controle da empresa de sua família, a 'The Trump Organization'.

Trump se tornou uma figura pública proeminente nos anos 80 e 90, conhecido por seus empreendimentos luxuosos, como a Trump Tower, em Manhattan, e por suas aparições frequentes na mídia.

Ele também foi o anfitrião do reality show 'The Apprentice', o que aumentou ainda mais sua visibilidade nacional.

Trump entrou na política de forma mais séria em 2015, anunciando sua candidatura à presidência pelo Partido Republicano.

Em 2016, Trump se candidatou à presidência pelo Partido Republicano e venceu a eleição — na época, de forma surpreendente —, derrotando a candidata democrata Hillary Clinton.

Seu mandato foi marcado por políticas controversas, com debates intensos sobre imigração, economia, relações internacionais e a resposta à pandemia de COVID-19.

No cenário internacional, Trump adotou uma abordagem de 'América em Primeiro Lugar', renegociando acordos comerciais e retirando os EUA de pactos multilaterais como o Acordo de Paris sobre o clima.

A presidência de Trump terminou de forma tumultuada, com acusações de fraude eleitoral e o subsequente ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 por seus apoiadores.

Ele sofreu duas tentativas de impeachment pela Câmara dos Representantes, mas foi absolvido pelo Senado em ambas as ocasiões.

Após deixar a presidência em 2021, Trump seguiu uma figura influente e polarizadora na política americana.

Em maio de 2024, Trump foi condenado por fraude contábil ao ter ocultado um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels na eleição de 2016.

Em 10/1/2025, a dez dias de sua posse como presidente, Trump recebeu a pena de “dispensa incondicional” pelo crime. Sua vitória eleitoral fez a sentença ser abrandada, o que na prática fez o republicano se livrar da prisão e até mesmo de multa. No entanto, será mantido em seu histórico permanente o julgamento de culpa criminal.

Uma juíza da Flórida encerrou outro caso em que Trump era acusado de manter em sua própria mansão documentos sensíveis à segurança nacional sob alegação de que o promotor do caso, Jack Smith, não possuía autoridade para acionar a Justiça.

No dia 13/7/2024, durante a campanha eleitoral, Trump foi alvo de um atentado a tiros durante um comício em Butler, Pensilvânia. Segundo o FBI, o atirador era registrado no partido Republicano, o mesmo do ex-presidente.

Os tiros atingiram de raspão a orelha direita de Donald Trump, poucos minutos após ele começar a discursar no evento. Houve muita gritaria e correria em seguida.