Durante sua internação, o papa enfrentou dificuldades respiratórias, foi diagnosticado com infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral, mas continuou participando de algumas atividades religiosas até sua saúde piorar.
No Domingo de Páscoa (20/04), Francisco fez uma breve aparição no Vaticano para dar a bênção conhecida como 'Urbi et Orbi' (para a cidade e o mundo).
Em seu discurso, Francisco pediu um cessar-fogo em Gaza, descrevendo a situação como 'dramática e deplorável'.
Francisco também exigiu a libertação dos reféns pelo Hamas e condenou o crescimento do antissemitismo, expressando solidariedade a israelenses e palestinos.
Antes de sua morte, o papa saudou fiéis na Praça de São Pedro em um papamóvel aberto, sendo ovacionado pela multidão.
No mesmo dia, o papa se reuniu com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, para uma troca de saudações de Páscoa.
O Vaticano não divulgou detalhes sobre a causa da morte. Francisco será velado na Basílica de São Pedro e enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, algo que não ocorria desde 1903 com o papa Leão XIII.
Francisco foi o primeiro papa jesuíta, liderando a Igreja Católica por quase 12 anos, desde sua eleição em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI. Relembre sua trajetória!
Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina.
Antes de se tornar o 266º papa da Igreja Católica, Francisco e serviu como arcebispo de Buenos Aires e como cardeal da Igreja Católica.
Sendo argentino, ele foi o primeiro papa nascido fora da Europa na história da Igreja Católica.
Uma das características marcantes de Francisco era sua abordagem pastoral e seu compromisso com os pobres e marginalizados.
Ele frequentemente enfatizava a importância de uma Igreja que estivesse próxima das pessoas e que se envolvesse ativamente em questões sociais.
Francisco adotou um estilo de vida modesto, escolhendo viver em quartos simples no Vaticano em vez do Palácio Apostólico, e ficou conhecido por usar roupas mais simples do que seus antecessores.
Francisco frequentemente falava sobre temas como a importância da família, a paz mundial, a justiça social e a proteção do meio ambiente.
Além disso, Francisco também era um defensor ativo do diálogo inter-religioso e da reconciliação entre diferentes grupos.
Em uma decisão histórica, em dezembro de 2023, Francisco autorizou que casais homoafetivos pudessem receber a benção nas igrejas católicas.
Francisco foi amplamente respeitado, inclusive fora da Igreja, mas enfrentou resistência de setores ultraconservadores.
Na vida pessoal, Francisco era um amante de futebol, tango e literatura. Ele também é apaixonado por Dostoievski, Borges e outros autores clássicos.