Entrevista | Gilberto Barbosa | fundador da Obra de Maria

Os rumos do catolicismo: "Acredito que as mudanças vão continuar", diz Gilberto Barbosa

Religioso fundador da comunidade católica Obra de Maria, Gilberto Barbosa fala sobre o legado do papa Francisco e sobre o papa Leão XIV, que será entronizado hoje no Vaticano

 Gilberto Barbosa,  presidente da comunidade Obra de Maria -  (crédito:  Arquivo Pessoal )
Gilberto Barbosa, presidente da comunidade Obra de Maria - (crédito: Arquivo Pessoal )

Em junho, a comunidade católica Obra de Maria realiza o Congresso Internacional de Pentecostes, em uma das basílicas de Roma, a Santa Andrea della Valle, que deve receber 800 católicos durante os três dias de evento. A celebração do nascimento da Igreja coincide este ano com o início do novo papado e com o Ano Jubilar. Em preparação para o evento, Gilberto Barbosa, fundador da comunidade, que acaba de completar 35 anos de existência, deu entrevista ao Correio.

Em meio à comoção pela morte de Francisco, Gilberto falou sobre o legado dele, a quem chamou de o "papa do sorriso". "Ele tinha uma grande preocupação em deixar para a Igreja, religiosos, cardeais, bispos e padres, a lição da simplicidade, do acolhimento aos pobres. A pobreza é o que nos salva, é o muro que nos protege". Outra lição importante, segundo ele, é o de uma Igreja ecumênica, que acolhe a todos, aberta ao diálogo com outras religiões.

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A frente da comunidade presente em 62 países, Gilberto espera que o novo papa, Leão XIV de continuidade aos avanços iniciados por Francisco no Vaticano. Acredito que as mudanças vão continuar: A Igreja é lugar para todos. É como um jardim, onde cada flor tem seu brilho. Mas alguns querem retroceder e não se caminha para trás', diz.

A Obra de Maria realiza o Congresso Internacional de Pentecostes, em Roma, no início de junho. Qual é a perspectiva desse evento no momento em que o Vaticano tem um novo papa?

O evento de Pentecostes é a comemoração do nascimento da igreja, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, em Jerusalém, por isso é sempre lembrado lá anualmente. Os motivos para não celebrarmos esse congresso em Jerusalém incluem os conflitos, mas em Roma está o sucesso dos apóstolos. 2025 também é um Ano Jubilar, uma oportunidade de entrar pela Porta Santa e renovar nossa fé. Além disso, a morte do Papa Francisco comoveu o mundo inteiro. Os principais presidentes do mundo estiveram presentes para mostrar a importância de seu legado. No entanto, existe o novo: o novo que esperamos com o novo papa, e todos querem conhecê-lo pessoalmente. Suas primeiras falas e gestos já têm cativado todos os católicos.

Em 2019, no período de Pentecostes, a Obra de Maria organizou um evento no Auditório Paulo VI, no Vaticano, com a presença do papa Francisco. Haverá alguma homenagem especial para o novo papa durante o evento?

Este ano, o nosso evento será em uma das basílicas de Roma, Santa Andrea della Valle. Estaremos lá por três dias. À noite, vamos à Praça de São Pedro, onde participaremos da vigília com o novo papa. No domingo pela manhã, estaremos na missa com o papa e, à tarde, voltaremos para o mesmo local para dar continuidade à celebração de Pentecostes, exclusivamente com os brasileiros. Estaremos lá com 800 participantes.

Como será a programação do evento de Pentecostes? Tem alguma surpresa, como aconteceu no evento do ano ado, em Assis, quando a mãe de Carlo Acutis deu um testemunho sobre a vida do "santo da Internet"?

A surpresa que esperamos é estar perto do novo papa. Acreditamos que as cerimônias serão grandiosas e que haverá muita gente na Praça. Todo o grupo está ansioso para isso, principalmente para poder conhecê-lo pessoalmente.

O senhor já conhecia o novo papa?

Já o conhecia de nome, mas não pessoalmente. Sua escolha foi uma surpresa, mas o Espírito Santo é, de fato, a surpresa do Pai. Ele já era conhecido pelos bispos e cardeais por ocupar duas funções importantes no Vaticano, especialmente como prefeito do Dicastério para os Bispos, órgão responsável pela nomeação episcopal. Esse Dicastério tem grande relevância, pois, embora os bispos sejam nomeados pelo papa, suas indicações am pelas mãos de quem exerce essa função. Muitos desses bispos, posteriormente, tornam-se cardeais e até papáveis. Ele desempenhava um papel fundamental na Igreja, e acredito que esse trabalho também contribuiu para sua própria nomeação como papa.

O que achou da escolha dele?

O papa sempre é visto com um olhar espiritual, a escolha é divina. O nome dele já diz muito. Tenho uma forte ligação com o Papa Leão XIII, por causa de Santa Helena Guerra, que foi, recentemente, canonizada. Ela escreveu muitas cartas ao Papa Leão XIII, pedindo que ele consagrasse a Igreja ao Espírito Santo. Não que a Igreja não fosse do Espírito, mas ele precisava ser esse canal de comunicação, ele precisava ser a comunicação com o Pai, e a comunicação com o Pai, que dá por meio do Filho. Leão XIII se dedicou, em seu século, ao Espírito Santo. Quando vi o nome "Leão XIV", pensei: é mais um papa que chama a atenção para a necessidade do Espírito Santo.

Qual é a expectativa sobre a atuação do novo papa perante o futuro da Igreja?

Olho com esperança. Minha vivência de fé adulta começou aos 17 anos, e desde então vivi experiências com quatro Papas. Vemos a importância de cada um deles. Na minha visão, ele vai continuar muita coisa do papa Francisco. A Igreja precisa de mudanças, Jesus fez mudanças radicais, foi criticado e até crucificado por isso. Um papa não pode agradar a todos. Esse não é o objetivo. Como diz o Apocalipse de São João: "Veja o que o Espírito diz à Igreja." Espero que seja um papa iluminado pelo Espírito Santo, que dialogue com seus assessores e com os que estão mais próximos. Que ele ajude a Igreja a ser sal e luz nos tempos atuais. Como ele mesmo disse: "Deus nos ama." Palavras de misericórdia. Deus acolhe a todos sem distinção, mas sempre levando a Igreja ao ensinamento de Cristo. Isso fará bem.

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    Opinião Papa 1605 Caio Gomez

O senhor acredita em grandes mudanças no Vaticano?

Acredito que as mudanças vão continuar. A Igreja é lugar para todos. É como um jardim, onde cada flor tem seu brilho. Mas alguns querem retroceder e não se caminha para trás. O papa Francisco semeou. Agora é preciso que cresça, germine e dê frutos. Se não avançarmos na reforma, e, principalmente, se não focarmos em levar as pessoas a uma experiência com Jesus Cristo, outras religiões continuarão crescendo, o ateísmo também, e ficaremos para trás. Basta ver a realidade da Europa, e até do Brasil, com a diminuição do número de católicos. Não sou contra o crescimento de outras religiões, mas precisamos fortalecer o cristianismo autêntico. Cristo continua sendo "vendido" por moedas de prata. A fé, para alguns, virou um negócio. Mas como diz a Palavra: "De graça recebestes, de graça deveis dar".

O que mais lhe agradou no perfil do novo papa?

Por ser um papa missionário, um agostiniano. Quem foi Santo Agostinho? Um papa intelectual, um papa missionário. Hoje, a vida religiosa se inspira bastante em Santo Agostinho. Ele escolheu Santo Agostinho justamente porque quis ser um missionário. Então, é um papa missionário. Ele ou praticamente 30 anos no Peru. Isso é muito importante, considerando que tem nacionalidade americana. Ele escolheu a vida missionária. O Peru é um país com muitos desafios.

O que o senhor destacaria na formação dele?

Ele é formado em Direito Canônico, e isso representa muita coisa. O Direito Canônico é extremamente importante na vida da Igreja. Ele não serve para punir, mas para agir com misericórdia e também com justiça, no sentido de que o que está certo, está certo, e o que está errado, está errado. Então, ele é um Papa que entende a lei, que tem esse conhecimento, tem essa formação. E pastoralmente será um Papa missionário. Não é alguém que viveu a vida inteira no Vaticano, sem uma experiência pastoral e missionária.

A exemplo do papa Francisco, o novo papa já sinalizou que é contrário ao fechamento de fronteiras. O senhor, como representante de uma comunidade que está presente em 62 países, o que acha dessa "caçada" aos imigrantes que está acontecendo em alguns países, como nos Estados Unidos?

Quem não é imigrante? Eu mesmo vim do interior do estado de Pernambuco, de Belo Jardim, para o Recife, a capital. Isso já é imigração. Sem imigração, não existe cultura, não existe relacionamento, não existe troca de experiências; seja na comida, na religião, nos costumes. Veja o Brasil: temos a cultura do Sul, do Nordeste, da região amazônica… É essa diversidade que faz a diferença. E mais: Jesus foi imigrante. Jesus saiu de Belém e foi para onde? Fugiu para o Egito, em busca de proteção e de apoio. Depois voltou, mas foi imigrante. Então, é muito simbólico ver a Igreja preocupada com essa causa, porque ela é, na essência, parte do Evangelho. Eu sou muito favorável à imigração. O Brasil tem essa história bonita, de acolher todas as culturas. Aqui no Nordeste, no Sul do Brasil, em diversas regiões, há japonês, há alemão, há chinês, há italiano e etc. Na Segunda Guerra Mundial, inclusive, houve muita imigração. Isso é o que faz o Brasil ter essa diversidade, essa riqueza de cultura, e o que faz o Brasil ser o que ele é. Eu sou contra quem é contra a imigração. Acho que isso não está certo e isso toca a Igreja, porque tem um aspecto social muito forte. Ninguém sai da sua casa, da sua terra, do seu aconchego, se não tiver um desafio ou uma busca por condições melhores.

Encontro de Gilberto Gomes Barbosa com papa Francisco
Encontro de Gilberto Gomes Barbosa com papa Francisco (foto: Divulgação )

O novo papa fez uma grande defesa da paz, pedindo o fim das guerras, logo no primeiro pronunciamento.

O papa trazer essa mensagem de paz foi muito importante. O mal não pode triunfar. O bem é Deus. Então quem tem que triunfar é o bem. Creio que o papa vai dialogar muito, com firmeza, sobre a questão da paz. Na guerra, ninguém ganha. Na guerra, todo mundo é perdedor. É mentira alguém dizer que venceu uma guerra. Isso é impossível. Mesmo dentro da própria família, quando há um conflito, ninguém sai vencedor. Os resultados são piores. Eu nunca ouvi tantas conferências e discursos sobre paz como nos últimos 10 anos. E, ao mesmo tempo, nunca vi tanta guerra em andamento, como estamos vivendo hoje. Isso é impensável. Parece que o ser humano está caminhando para trás. Estamos voltando a uma espécie de idade média, primitiva, onde a cultura da sobrevivência domina, "eu tenho que matar o outro para sobreviver".

Com a sucessão no Vaticano, como o senhor vê o olhar da Igreja com o acolhimento e a inclusão das novas comunidades?

A igreja tem que ser aberta a todos. A que se fecha tende a morrer. Penso que o papa vai olhar para as novas comunidades e os movimentos em crescimento, como também para o ecumenismo. Alguns acham que o ecumenismo é aceitar tudo o que existe nas outras religiões. Não é isso. É o contrário. Só pode haver ecumenismo verdadeiro se eu for totalmente católico, firme na minha fé, e o outro também, firme na fé dele. Assim, caminhamos juntos, nos respeitando e nos amando, focando no que nos une: Cristo, a cruz e o Evangelho. No ecumenismo não se doutrina, se ama e se respeita.

Quantos papas o senhor conheceu? Qual a diferença entre eles?

Cada papa tem a sua particularidade. Eu conheci João Paulo II, tive esse privilégio. Conheci Bento XVI. Naquela época, eu já trabalhava em um organismo vinculado ao Vaticano, mas não era diretamente ligado ao papa Bento XVI. E conheci o papa Francisco. Tive mais convivência com o Papa Francisco por conta das atividades da renovação carismática. O carisma da Obra de Maria ("servir à Igreja de todas as formas com alegria") combinava muito com ele. O Papa Francisco era um papa muito alegre, um papa sorridente. Ele sorria com o idoso, com a criança, contava piada, inclusive com o Brasil. Ele brincava perguntando quem jogava melhor: Pelé ou Maradona? E saía abraçando todo mundo, brincando muito. É um papa que, com certeza, será lembrado por muitas gerações.

Qual é o grande legado deixado pelo papa Francisco?

Destaco alguns pontos. Já começa pelo nome, não é? O nome inspirado em São Francisco já dizia muito. E ele manteve essa originalidade. Foi um papa simples, humilde. Sua decisão de morar na Casa Santa Marta revela muito sobre ele. Destacou-se por esse estilo de vida simples e, em diversos aspectos do seu pontificado, fez questão de evidenciar isso. Tinha uma grande preocupação em deixar para a igreja, religiosos, cardeais, bispos e padres, a lição da simplicidade, do acolhimento aos pobres. A pobreza é o que nos salva, é o muro que nos protege. Não podemos esquecer da nossa vocação, da nossa espiritualidade. Penso que esse é um de seus principais legados. Outro legado é o de uma Igreja ecumênica, que acolhe a todos. Jesus veio para todos, e o papa nos deixou também esse ensinamento: uma Igreja aberta ao ecumenismo, ao diálogo com outras religiões. Resumindo: foi o papa do sorriso, do acolhimento. Nunca disse que o errado era certo, mas sempre esteve atento à importância de acolher, de exercer a misericórdia. Isso o tocava profundamente. Um Papa que também sabia brincar, com uma devoção intensa ao Espírito Santo e, acima de tudo, à Nossa Senhora. A Mãe tem um papel fundamental. Ele nasceu de uma mãe fisicamente, claro, mas todo o seu ministério foi, sem dúvida, profundamente influenciado por Maria e seu pontificado não poderia ser diferente.

Como foram os seus encontros com o papa Francisco?

Nossos encontros sempre foram de construção, de trabalho, mas também de palavras amigas. Fizemos encontros em estádios olímpicos, no auditório Paulo VI, no Circo Maximus, em Roma, a exemplo da celebração dos 50 anos da Renovação Carismática, em 2017. Nunca tivemos um papa tão encorajador do movimento carismático quanto ele. Assumi uma missão importante para o movimento carismático, mas sempre com espírito de serviço. Isso permitiu certa proximidade com o papa Francisco, pois ele era muito apaixonado pela Renovação Carismática. Na Argentina, quando ele ainda não era bispo, fazia críticas. Ele mesmo comentou isso várias vezes. Mas depois ele ficou encantado com o movimento carismático.

Fundador da Obra de Maria, Gilberto Gomes Barbosa, com papa Bento
Fundador da Obra de Maria, Gilberto Gomes Barbosa, com papa Bento (foto: Obra de Maria )

Qual é a expectativa da relação do novo papa com a renovação carismática?

Pelas informações que obtivemos com lideranças católicas do Peru, ele sempre apoiou a renovação, e, com certeza, dará o grande apoio que outros papas deram, desde Paulo VI. A Renovação Carismática sempre teve o apoio desses últimos quatro papas.

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O que a Obra de Maria absorve dos pontificados?

Estamos na barca de Pedro. Esta instituição, com mais de dois mil anos, é divina. É pedra, é rocha. É muito bom ser católico e continuar na barca de Pedro. Eram duas barcas, e Jesus escolheu entrar na de Pedro, no mar da Galiléia. Nossa Igreja é muito bonita. Tenho orgulho de ser católico e quero morrer assim.

Quando encontrar o novo papa vai convidá-lo para o evento que celebrará os 60 anos da Renovação Carismática, que será promovido pela Obra de Maria, na Terra Santa, em 2027?

Possivelmente. Nossa ideia é convidá-lo. Não sei se será possível, pois será em Jerusalém. Se fosse em Roma, creio que ele estaria presente, mas queremos celebrar em Jerusalém pela importância do lugar. Nesse evento que estamos preparando para marcar os 60 anos do Movimento Carismático Católico, em Jerusalém, em maio de 2027, planejamos reunir 15 mil de pessoas. Está prevista a participação de mais de 60 delegações. Também juntamente com o Charis estamos organizando outros eventos em Roma para celebrarmos o jubileu de diamante, como na Praça São Pedro, no Auditório Paulo VI, no Circus Maximus, que tem capacidade para 100 mil pessoas, e no Estádio Olímpico, que pode reunir 48 mil pessoas. Neste ano de 2025, estavam previstos alguns eventos com o papa Francisco, ligados ao Charis, que seriam realizados em Roma, no Circus Maximus. Não sei se essa agenda será mantida no segundo semestre. Teremos ainda, no mês de outubro, o Congresso de Cura Internacional de Cura e Libertação, em Lourdes, na França, e o Congresso Internacional, na cidade de Fátima, em Portugal.

Quais são os eventos de evangelização da Obra de Maria, na África, onde vocês estão presentes em 33 países?

A missão precisa continuar. Nossos grandes eventos não são apenas na Europa e na Ásia, mas também na África. Em abril, reunimos 15 mil pessoas com a presença do Frei Gilson, em Moçambique, e agora em maio com Frei Gilson em Angola, onde devemos reunir 20 mil pessoas. No dia 31 de maio, estaremos nos Estados Unidos em outro evento com Frei Gilson com a perspectiva de reunir cerca de 10 mil participantes. A missão continua, e temos outros projetos com o Padre Fábio de Melo em países de língua portuguesa na África.

 

A Obra de Maria completou 35 anos agora em 2025. Quais os desafios para chegar aos 40 anos?

O maior desafio é no aspecto missionário e de voluntários. A instituição, mesmo tendo mais de 5 mil membros espalhados pelo mundo, conta com poucos grupos disponíveis para desenvolver o trabalho no âmbito social e pastoral nesses lugares, onde os desafios são grandes, como miséria e doenças. Mas precisamos avançar. Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de coragem e força. Estamos, agora, após 35 anos, preparando um novo grupo de missionários para ir a outra região da África, que é bastante muçulmana e onde ainda não havíamos chegado. Na região da Etiópia, são seis países onde precisamos avançar.

 

  • Encontro de Gilberto Gomes Barbosa com papa Francisco
    Encontro de Gilberto Gomes Barbosa com papa Francisco Foto: Divulgação
  • Fundador da Obra de Maria, Gilberto Gomes Barbosa, com papa Bento
    Fundador da Obra de Maria, Gilberto Gomes Barbosa, com papa Bento Foto: Obra de Maria
postado em 18/05/2025 06:01 / atualizado em 18/05/2025 14:07
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